Procurados pelo instrutor consultivo da Confederação Brasileira de Judô, Marcus Agostino, pesquisadores do Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação (ICMC- USP) que desenvolveram o iSports, com apoio Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), aceitaram o desafio de ampliar a pesquisa, inicialmente com foco na identificação de talentos no futebol, para esta outra modalidade esportiva.
A atual responsável pelo projeto coordenado por Francisco Louzada Neto, Caroline Godoy, explica que a ideia da Confederação inicialmente era automatizar a coleta de dados que já é feita, acrescentando algum tipo de análise estatística que diferenciasse os talentos neste esporte.
“A ideia é a mesma do trabalho desenvolvido com o futebol (coleta, análise e identificação de talento) o que mudou foi o tipo de variável coletada, pois é outro esporte e a visualização do aplicativo que estamos desenvolvendo”, explicou.
Ainda segundo a pesquisadora, a análise teve início pelos atletas do sub-20 que tiveram os dados coletados em competições brasileiras. “Após o recebimento desses dados, estamos analisando variáveis com informações físicas e técnicas para identificar características como desempenho do judoca e habilidades em luta”.
Dados da Confederação estimam que o Brasil tenha mais de dois milhões de praticantes de judô, sendo 10% desse total, atletas profissionais. O judô está entre os dez esportes mais praticados do país.
“O iSports Judô pode auxiliar automatizando e agilizando a coleta de informações que já são feitas nas competições, oferecendo uma descrição completa do atleta que poderá verificar seu desempenho e compará-lo com os demais competidores. O programa poderá também abrir portas para atletas não profissionais acompanharem seus desempenhos pelo aplicativo onde eles poderão inserir suas informações, ter respostas e compará-las”, comentou.
“A ideia deste trabalho que foi remodelado e ampliado é proporcionar controle e acompanhamento do desempenho do atleta profissional, bem como a identificação de talentos e proporcionar um App para os não profissionais se compararem com os principais atletas do país”, resumiu Caroline.
Além da coordenação de Louzada e Caroline, o grupo que trabalha neste projeto é formado pelo Prof. Dr. Anderson Luiz Ara Souza (Docente UFBA), Marcos Jardel Henrique (Aluno de Doutorado em Estatística UFSCar/ICMC-USP), Gustavo Zabotto (Aluno Graduação), Júlio Trevisan Centanin (Aluno Graduação), Vinícius Loureiro Siqueira (Aluno Graduação) e
Wesley Da Silva (Aluno Graduação).
Além de receber o apoio do CeMEAI, o projeto também faz parte do ICMCIn, coordenado pela professora Solange Rezende, cujo objetivo é disponibilizar espaço e apoio para uma pré-incubação e/ou uma formação empreendedora para projetos de inovação.
Sobre o CeMEAI
O Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI), com sede no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP, em São Carlos, é um dos Centros de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPIDs) financiados pela FAPESP.
O CeMEAI é estruturado para promover o uso de ciências matemáticas como um recurso industrial em três áreas básicas: Ciência de Dados, Mecânica de Fluidos Computacional e Otimização e Pesquisa Operacional.
Além do ICMC-USP, CCET-UFSCar / IMECC-UNICAMP / IBILCE-UNESP / FCT-UNESP / IAE e IME-USP compõem o CeMEAI como instituições associadas.
Raquel Vieira – Comunicação CeMEAI
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