CeMEAI

Reunião em São Carlos marca início das atividades de novo centro de Inteligência Artificial

IARA é formado por instituições de pesquisa e empresas públicas e privadas

Desde 2021, uma ideia inovadora que une esforços de diversas instituições e empresas de ciência e tecnologia vem sendo amadurecida. Diretores, gestores e outros representantes se comprometeram a desenvolver pesquisas e produtos de ponta que utilizam a inteligência artificial para fomentar o surgimento de cidades inteligentes no Brasil e no exterior, com foco em cinco aspectos: educação, mobilidade, meio ambiente, saúde e cibersegurança.

Nesta terça-feira (30), o Centro de Ciências Matemáticas Aplicadas à Indústria (CeMEAI) recebeu em sua sede, no Instituto de Ciências Matemáticas e de Computação (ICMC) da USP em São Carlos, os agentes dessa transformação. O encontro marcou o início oficial das atividades do Centro de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial Recriando Ambientes (CPA IARA), que contará com a participação de instituições de todo o Brasil.

O IARA foi um dos projetos selecionados em 2021 na chamada lançada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) e pelo Comitê Gestor da Internet (GCI.br).

“Nossa meta é transformar, por meio de ferramentas tecnológicas aliadas a políticas sociais, os ambientes urbanos brasileiros, que se encontram em diferentes patamares tecnológicos e sociais, propiciando que as cidades ofereçam à sua população serviços eficientes e eficazes”, explica André de Carvalho, Diretor do IARA e do ICMC e pesquisador do CeMEAI.

André de Carvalho comanda as atividades do novo centro de IA
Organização

A sede do IARA ficará no ICMC, mas haverá subsedes espalhadas por todo o país. Ao todo, a rede já conta com a participação de 25 universidades federais, cinco estaduais, seis privadas e dois institutos federais, além de sete institutos de pesquisa. O Centro Universitário Facens é um dos centros envolvidos no projeto. “Enquanto um grupo que contém dentro de si uma instituição de ensino, um complexo industrial e outras empresas, isso representa o aprimoramento das nossas soluções e do conhecimento que a gente consegue transmitir e propagar dentro do nosso dia a dia enquanto instituição de ciência e tecnologia. Enquanto empresa, a gente consegue trazer o que há de mais novo na Inteligência Artificial para dentro das nossas soluções para poder maximizar os nossos resultados nesse mundo tão difícil hoje e competitivo”, comenta Fabiano do Prado Marques, Reitor da Facens.

Além das instituições de ciência e tecnologia, o Centro também é apoiado por uma associação privada sem fins lucrativos – CillaTechPark – e quatro empresas privadas – Stellantis, Intel, Jacto e Grupo Splice, que foi representado em São Carlos pelo Diretor de Engenharia Paulo Carvalho. “Nada melhor do que estar num ambiente onde se tem grandes nomes e grandes empresas voltadas à Inteligência Artificial, que é o futuro em todas as áreas. No caso da Splice, na parte de mobilidade e de cidades inteligentes. Isso é a riqueza do IARA. As empresas trazem os problemas, as dificuldades, e são coisas reais em que a IARA vai poder usar Inteligência Artificial para recriar ambientes, como o próprio nome diz. Quem ganha é a sociedade como um todo, porque você está aproveitando os recursos da academia nas empresas e sempre acaba no cidadão, que é o maior beneficiado no total”, salienta.

Paulo Carvalho (em primeiro plano à esquerda) e Fabiano Marques (em primeiro plano à direita) demonstraram otimismo com o projeto
Ações iniciais

Apesar de a reunião desta semana ter marcado o início oficial das atividades da rede IARA, o grupo já vinha se movimentando e marcando presença em eventos e premiações importantes no cenário da pesquisa e do desenvolvimento em Inteligência Artificial no Brasil e no exterior.

Em agosto de 2022, por exemplo, o Centro foi representado na reunião do grupo de estudos 20 da União Internacional de Telecomunicações (ITU), entidade ligada à ONU, realizada em Genebra, na Suíça, que define indicadores-chave de desempenho para avaliar cidades inteligentes e sustentáveis no mundo.

No mês seguinte, a Stellantis recebeu o Prêmio Automotive Business na categoria Cidades Inteligentes, em trabalho desenvolvido dentro do contexto do IARA, por entregar novo valor ao setor automotivo e da mobilidade.

Em 2023, a rede foi convidada a integrar o Projeto Emeritus, projeto da União Europeia que almeja criar uma plataforma com informação sobre crimes ambientais baseada em múltiplas fontes de dados e integrar seu uso nas operações de tecnologias inovadoras de vigilância e análise por meio de imagens coletadas por drones, dados de satélite, dados obtidos de sensores virtuais, dados de geointeligência e outros, agrupados em uma base digital única.

O IARA também marcou presença em nova reunião do SG20 da ITU, realizada desta vez em Arusha, na Tanzânia, além de ter sido convidado para participar dos trabalhos da Estratégia Brasileira de Inteligência Artificial (EBIA), iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que tem por objetivo potencializar o desenvolvimento e a utilização da tecnologia para promover o avanço científico e solucionar problemas do país, identificando áreas prioritárias nas quais há maior potencial de obtenção de benefícios.

Próximos passos

Com o Centro IARA a todo vapor, as instituições envolvidas esperam dar continuidade aos trabalhos de sucesso, desenvolver novas pesquisas e cooperar entre si para que o IARA siga sendo uma referência nas áreas de Inteligência Artificial e Cidades Inteligentes. Se depender das impressões deixadas pelo encontro realizado no CeMEAI, o objetivo tem tudo para ser alcançado.

“Este kick-off foi exatamente o que a gente esperava. Para a Intel, é muito importante participar do projeto e ajudar a desenvolver esse ecossistema no Brasil, este é o nosso DNA. Nossa estratégia está baseada em democratizar a IA de ponta a ponta, do Data Center aos dispositivos na borda. A meta do projeto IARA está muito alinhada com a missão da Intel, que é criar tecnologias que mudam o mundo e melhoram a vida das pessoas”, resume André Ribeiro, Diretor de contas empresariais e governamentais da Intel.

André Ribeiro (ao centro) destacou o potencial de atuação da Intel no IARA

O Diretor do IARA também comemorou os resultados do pontapé inicial da iniciativa. “Eu imaginava que essa reunião seria boa, mas ainda assim me surpreendeu positivamente. Eu vi um espírito de equipe muito grande, pessoas interessadas em colaborar umas com as outras, fiquei muito feliz com esse kick-off. Eu acho que ele mostra um futuro muito promissor para a rede IARA”, projeta André de Carvalho.

Leonardo Zacarin – Comunicação CeMEAI

Mais informações:

Assessoria de Comunicação do CeMEAI: (16) 3373-6609
contatocemeai@icmc.usp.br

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